Moedas, Notas e Medalhas
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Introdução a Numismática

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Mensagem por fernsantos Dom maio 17, 2015 11:10 am

Definição

       Numismática (do grego clássico νόμισμα - nomisma, através do latim numisma, moeda) é a ciência que tem por objetivo o estudo das moedas e das medalhas.

       Ciência que trata das moedas e das medalhas, identificando-as, analisando-lhes a composição e, enfim, distribuindo-as cronológica, geográfica, histórica e estilisticamente. Antes da invenção da moeda no século VII A.C., as operações de compra e venda, eram efetuadas seja a base de troca, seja com o uso da balança, para pesar quantidade de metal precioso. A numismática é de grande importância para a Arqueologia e a História. Por exemplo moedas encontradas em escavações arqueológicas quando identificadas permitem datar outros objetos encontrados. O estudo das moedas permite reconstruir os aspectos econômicos dos povos. O numismata, portanto, é um estudioso que busca através das moedas conhecimentos diversos, como História, Metalurgia, Arte, etc.

  Por sua vez os cunhos variadíssimos, com imagens, símbolos, divisas etc; tornam as moedas, documentos históricos e artísticos de primacial importância: assim por exemplo a imagens mais exata do Zeus de Fídias está numa moeda de bronze romana, de Adriano. A princípio não tinha a moeda a forma definida, mais aos poucos foi tomando, no ocidente, a forma de uma placa circular metálica de formas discoidais, a mais comum, ovais, hexagonais e retangulares, embora se conheçam, notadamente no oriente, moedas quadradas, poligonais, perfuradas etc; e também feitas de outros materiais, como a porcelana. A cunhagem, inicialmente rude e restrita de um só lado, ampliou-se cobrindo toda a superfície da moeda, em ambas as faces, inclusive na serrilha, para evitar a redução do peso do metal precioso, tornando visíveis as tentativas de limagem ou adulterações. Os metais mais usados na fabricação de moedas ou medalhas são o electro, o ouro, a prata, o bronze, o alumínio etc. O electro, liga natural de ouro e prata, foi um o material amoedado pelos lídios; as primeiras moedas de ouro foram a crescida, moeda cunhada por Creso, Rei da Lídia, e o dárico persa, do século VI A.C., e o Estáter de Egina, a primeira moeda de prata. Foram de bronze as primeiras moedas romanas, chamadas de aes; estão ligadas ao peso da libra e seus submúltiplos.

     História da numismática.

     Desde o Império Romano a aristocracia cultivou o interesse de colecionar moedas, sem no entanto estudá-las. O costumeromano compartilhado por imperadores, como Augusto, foi mantido por reis europeus durante a Idade média. A coleção de reis como Luís XIV da França e Maximiliano do Sacro Império possibilitariam o surgimento da numismática durante oRenascimento, graças à vontade dos humanistas em recuperar a cultura greco-romana, e a iniciativa de organizar as coleções reais. Assim a numismática surgiu durante o renascimento e se consolidou como ciência nos séculos seguintes.
Assim temos nomes como o abade Joseph Eckhel que trabalhou na coleção imperial de Viena, capital da Áustria. Temos ocolecionador francês Joseph Pellerin, que contribuiu para a coleção real francesa, e temos também um dos nomes mais famosos, Francesco Petrarca, poeta que desenvolveu a numismática na Itália.
     O objetivo de Petrarca era conhecer a história de cada povo. Petrarca demonstrou também como a numismática pode se tornar uma paixão contagiosa. Em 1390, coube a ele, indiretamente, a cunhagem de moedas comemorativas pela libertação da cidade de Pádua, pelo visconde Francisco II de Carrara. 1
Seja pela cultura, pela observância de técnicas ou simplesmente pelo desafio de colecionar, a relação entre cultura e numismática sempre é presente. Mesmo aqueles que colecionam moedas ou cédulas como um simples hobbie, sem se dedicar à pesquisa, adquirem uma boa bagagem de cultura geral.
É veículo de mensagens, arte e, até mesmo, magias e superstições.

    Numismática no Brasil

     A numismática desenvolveu-se no Brasil, principalmente a partir do século XIX, seguindo em parte o modelo europeu.
A aristocracia teve papel fundamental para o desenvolvimento da numismática no Brasil, por ser a classe mais instruída e também por ter condições de formar coleções numismáticas, lembrando-se que na época as coleções deviam se formar basicamente de moedas greco-romanas. Temos também a contribuição especial do imperador Dom Pedro II, amante das artes e da história e que freqüentemente fazia viagens ao exterior donde trazia “lembranças”. Como também seu neto, Dom Pedro Augusto de Saxe-Coburgo e Bragança, grande mineralogista e numismata.
Com o fim do Império, a maior parte da produção numismática brasileira ficou restrita a museus e a trabalhos realizados por pesquisadores principalmente no eixo das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, quadro que começou a se alterar com a popularização das feiras de antiguidade e com a criação de sociedades numismáticas no país.
Destaque aos numismatas do passado, Julius Meili, Augusto de Souza Lobo, Kurt Prober, Renato Berbert de Castro, entre outros.

    O padrão monetário do Brasil provem do real português, cunhado em prata por D. João I. Desvalorizações sucessivas originaram o padrão do mil reis, de onde se derivou o cruzeiro. No Brasil, os Holandeses cunharam moedas no Recife, os portugueses começaram na casa da moeda, na Bahia, a partir de 1695. Na época atual as moedas são fabricadas em série por processo mecânico, que Muito lhes diminui a categoria artística dos séculos passados.

    Importância

     A numismática é muito importante no auxílio da História, pois fornece dados culturais e econômicos importantes sobre uma determinada época.

    O numismata e seu trabalho

    O profissional que atua nesta área do conhecimento é chamado de numismata. O trabalho deste profissional envolve um estudo aprofundado das moedas e medalhas, como, por exemplo, identificação de materiais utilizados, símbolos, valores monetários, circulação, catalogação, etc.
A preocupação principal da numismática é a moeda, enquanto peça cunhada.
Cabe ao numismata analisar as moedas por diferentes métodos e buscando nelas diferentes informações. Durante esse processo o numismata fará uso de conhecimentos adquiridos através de outras disciplinas como a história, a cronologia, ametrologia, a simbologia, a epigrafia, a heráldica, a iconografia, a geografia, a economia, noções dos processos demetalurgia e da evolução nas artes, entre outros campos que podem ser abordados.

    A numismática clássica divide-se em duas partes distintas:
a teórica, que estuda a nomenclatura numismática e os métodos de classificação e conservação das moedas.
a histórica, que estuda o desenvolvimento da moeda nas diferentes partes do mundo ou de uma região específica, promovendo também a classificação de suas emissões.
Nos trabalhos científicos a distinção entre essas duas áreas é freqüentemente sutil, já que além de distintas essas partes são complementares.


Numismática e colecionismo: uma grande diferença

    Numismática não pode ser confundida com colecionismo. Neste último caso, o colecionador, apesar de muitas vezes conhecer bem moedas e medalhas, não encara sua atividade do ponto de vista científico, gerando conhecimentos.
    Distingue-se numismática do colecionismo uma vez que a primeira trata do estudo das moedas, ao passo que o colecionismo está mais relacionado à posse das moedas. O uso do termo "numismática" como sinônimo de colecionismo está relacionado ao fato de muitos estudiosos também possuírem coleções particulares, e de colecionadores, por vezes, efetuarem breves pesquisas sobre suas moedas.
    Há também de se considerar que no início a numismática se desenvolveu dentro das coleções de museus europeus, e, na falta de informação, dependia inteiramente da análise "palpável" dos exemplares. Por tanto, se fazia necessário possuí-los.
    Na atualidade, desenvolveu-se também o conceito de colecionar moedas como forma de investimento, visto que as moedascostumam se valorizar com o passar dos anos e, dessa forma, podem garantir lucro aos “investidores” no momento da revenda. Mesmo a coleção de moedas recentes pode se tornar uma fonte de forte valorização. Há vários casos de moedas recentes valorizarem até 5000% comparado ao valor de face.



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